Estive ontem presenciando um fato cruel, há algum tempo fiz uma série de matérias falando a respeito da degradação ambiental em nosso município, inclusive mencionei que as causas do alagamento que ocorreu no início do ano no Bairro da Aratanha havia se dado em virtude da Empresária Aparecida Lisboa (Cida) ter aterrado o igarapé Santa Izabel no trecho que passa atrás da Luna Recepções que é um de seus empreendimentos, pois bem o tempo passou o assunto esfriou, mas eis que numa bela tarde de Segunda-feira tenho a ingrata satisfação de presenciar no ato a empresária consumar o soterramento do Igarapé, como vocês podem ver pelas fotos, quando me avistou do outro lado da margem a empresária deu a volta para conferir o que havia acontecido com a cerca que segundo ela impedia as pessoas de terem acesso a seu terreno, "seu", pois pelo que me consta aquele local é área de Marinha e portanto não tem dono, o dono é a União. Aproveitei e conversei com a Cida a respeito do que ela estava fazendo, veja o diálogo:
Diego: a senhora sabe que isso é área de Marinha e que a senhora está aterrando o leito de um rio?
Cida: que terra de Marinha? O rio passa distante de onde estou mexendo
Diego: A senhora tem licença ambiental para fazer isso?
Cida: Tenho autorização da Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente).
Diego:: e a senhora pode me passar uma cópia?
Cida: Não tenho papel, foi à própria Semma que fez isso pra mim, pois vou reflorestar esta área.
Diego: certo, mas a senhora não pode mexer 50m de uma margem a outra, que é o que diz a lei orgânica do Município.
Cida: É, mas e o Tarzan? E as pessoas que constroem casas dentro dos igarapés?
Diego: O Tarzan dona Cida também desrespeitou a lei e o poder público foi conivente com ele, quanto às pessoas, se moram em áreas como essas tenho certeza que não é por opção.
Diego: Posso publicar o que a senhora está me dizendo? Pois não quero ser leviano em minhas colocações.
Cida: Pode sim, "sou defensora da natureza", gosto de árvores.
As fotos:
O trator que amontoava e jogava o entulho e o mato no rio.
Ao fundo o trator e bem a frente está a área de terra revirada, aonde o trator jogava o mato com a terra no rio que fica por baixo deste mato verde aqui no plano de frente da foto.
A Empresária Cida chegando em seu carro para conferir a destruição.
Aqui Cida passeia pela margem degradada, para conferir se esta tudo "certinho".
Cida ao lado do trator.
Agora ela conversa com um de seus funcionários. Olham para mim do outro lado.
Aqui o tratorista tenta me intimidar enquanto sua patroa sai pela tangente, vejam por trás do mato.
Trator empurrando o entulho até cair no rio.
Aqui piso em um local que agora virou igapó dada as investidas da empresária e da Semma contra o rio, o que fez com que a água virasse lama.
Meus pés depois do flagrante.
Conclusão: ou sou um tremendo idiota ou a SEMMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) se permitiu como me disse a empresária ou se foi à própria autora do soterramento de uma forma ou de outra teve participação neste crime, pois no alto de minha leiguisse sei que por mais que fosse verdade o que a empresária me disse, ali teria que ter um projeto de manejo florestal, pois se de fato ela estiver junto com a SEMMA bem intencionada, eles com certeza tem o projeto e é atrás disso que vou à SEMMA até o fim da semana, pois isso tem que ser esclarecido, como pode uma Secretaria que deveria proteger o meio ambiente ter participação ou ser a autora deste absurdo?
Podem me chamar de enjoado, de chato ou do que quiserem, mas eu não consigo mais aturar tanto absurdo nesta cidade, esse rio alimenta o Caraparú e se ele morrer consequentemente o Caraparú perde força e com o tempo será o próximo a virar só mais uma lembrança. Sou filho daqui e estou vendo os empresários junto com a Prefeitura destruírem tudo e ninguém dizer nada, pelo amor de deus alguém faça alguma coisa! É a ponte, o igarapé, as casas antigas, a praça, o que mais vão querer destruir?
Chega!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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