Singelo (A)deus!
Maltratada que de chora, chorar e chorou
Não vai mais fazer o que foi projetada
Estás estéril, fétida sem rumo nem prumo
Perdeu, perderam-na, roubaram-na, tomaram-na
Morte: falta de sorte de novo linha norte
Do norte de meu pensamento
Dos nossos medos
De imaginações, divagações e criações
De amores
De flores
De filhos, filhas, netos, sobrinhas
Parado: o povo vendo-a e ela vendo o povo passar
Que passar que nada
Não passam mais
Nem passou nem passarás
Caiu, tombou, ruiu
Desenfreio o meu lamento, tormento, descontento
Atitude bêbada de um déspota
Inimigo dos sãos, dos que pensam e pesam
Linha morta ou morta linha: linha norte
O norte do rumo que tomas
Dia de feira e passa por aqui a freira
Passa tia Marocas que faz o café com tapioca
Passam doutor, doutores, mestres, professores
Democrática travessia
Que de certa forma obriga
O pedreiro João e o Doutor Farias
A compartilhar o mesmo caminho todos os dias
Lembrança de um descontente
E o contentar a lembrança de criança
Que brincou, jogou e correu por está ponte
Atravessada, travessia de mal que a fonte
Fonte morta que se foi num grito de agonia
Taquicardia e de novo gritou
Grito dos loucos deste lugar
Fingem em te olhar e te dar
O devido valor que tem e soou
O grito pálido que não te deu
Os que deveriam: - (A)deus Tibiriçá!
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